PR6 Rota do Glaciar
Rapariga Caminhante, 21.02.20
(Fotografias do percurso no fim do texto)
Local: Serra da Estrela
Nível de dificuldade: Moderado a dificil (se for a subir)
Extensão: 17,5 km
Tipo de percurso: Linear e sinalizado
Inicio/Fim do percurso: Manteigas/Torre
Melhor altura para ir: Ter atenção nas alturas de muito calor pois o trilho é exposto e maior cuidado quando está nevoeiro.
O que levar para o caminho (Normalmente o que levo comigo):
- Mochila confortável
- Calçado e roupa adequada para as caminhadas
- Casaco impermeável em épocas de chuvas (Verificar sempre a meteorologia)
- Bastões de caminhada
- Comida e água
- Protetor solar, chapéu e óculos de sol
- Um saquinho para colocarem o vosso lixo
- Telemóvel para terem ajuda do GPS (não esquecer de ter mapa offline, muito importante para estes sítios com muita pouca rede ou nenhuma)
- Powerbank
- Kit de primeiros socorros
Este percurso é linear e tem uma distancia de 17,5 km com destaque para o Vale Glaciar do Zêzere. Para quem não sabe, um vale glaciar tem uma forma de "U" e é resultante de um trabalho de erosão do gelo que antes ocupava o vale, com o seu peso e descida lenta transforma então um vale em forma de "U".
Eu fiz este percurso a subir pois para mim é mais desafiante, começando em Manteigas vamos então fazer uma subida constante pelo vale num estradão sempre com vista para este lindo vale com as suas encostas íngremes verdes, com algumas cascatas nas suas paredes (pelo menos no inverno tem, no verão não sei se corre) e acompanhados pelo rio Zêzere. Pelo caminho vamos vendo também alguma presença do homem, algumas casinhas rusticas com os seus prados para as suas atividades de pastoreiro e agricultura.
Para trás deixamos Manteigas e começamos a ver no horizonte o aglomerado rochoso onde se situa em baixo o Covão D´Ametade e por cima os Cântaros Magro, Gordo e Raso. É uma pena o trilho não continuar pelo vale e fazer a subida perto do Covão D´Ametade (não sei a razão) mas temos que sair do vale e caminhar um pouco pela estrada até chegar lá. Chegando ao Covão D´Ametade aproveitamos para descansar um pouco e comer qualquer coisa para ganhar energias para a restante subida mas como havia muitos turistas por ali o descanso foi rápido....
Depois do descanso fazemo-nos de novo á estrada até chegar a um desvio á direita que sobe para um bosque que nos guia até á Nave de Santo António, um enorme prado com vegetação baixa e cheio de riachos e no meio tem a capela de Santo António da Argenteira e um fontanário.
Após a travessia do prado, temos que atravessar a estrada para chegar ao próximo trilho (e super interessante). Eu digo interessante pois é um trilho tipo incas, um caminho com pedras, estreito com as suas encostas íngremes...brutal =D , nesta parte podemos observar o Covão do Ferro com a sua lagoa. Saindo deste trilho mais uma vez saltamos para a estrada até chegar ao Covão do Boi onde tem uma obra de arte religiosa, a Senhora da Boa Estrela, uma escultura incrustada na rocha e muito bem feita.
A partir dai só falta 1 km para chegar até á torre, sempre a subir por um trilho e sempre de olhos abertos para conseguirem ver as cores da sinalização nas rochas caso estiver nevoeiro.
Quando chegarem á torre celebrem como eu celebrei, chegaram ao ponto mais alto de Portugal Continental!!! Parabéns!!!
Link do percurso no Wikiloc
Fotografias do percurso