PR 5 Rota da Garganta de Loriga
Rapariga Caminhante, 05.04.20
(Fotografias do percurso no fim do texto)
Local: Loriga (Serra da Estrela)
Nível de dificuldade: Dificil
Extensão: 12 km
Tipo de percurso: Linear e sinalizado mas no desvio que fiz para a torre é por mariolas
Início/Fim do percurso: Início na Av. Augusto Luis Mendes junto ao Multibanco Crédito Agricola terminando na Torre
Melhor altura para ir: Primavera
O que levar para o caminho (Normalmente o que levo comigo):
- Mochila confortável
- Calçado e roupa adequada para as caminhadas
- Casaco impermeável em épocas de chuvas (Verificar sempre a meteorologia)
- Bastões de caminhada
- Comida e água
- Protetor solar, chapéu e óculos de sol
- Um saquinho para colocarem o vosso lixo
- Telemóvel para terem ajuda do GPS (não esquecer de ter mapa offline, muito importante para estes sitios com muita pouca rede ou nenhuma)
- Powerbank
- Kit de primeiros socorros
Este percurso é marcado com vestígios glaciares do ultimo período frio que se fez naquela zona contendo quatro depressões.
É um trilho linear e com 8 km mas decidi fazer uma alteração na rota e andar mais uns kms pois queria atingir o ponto mais alto de Portugal Continental. É sinalizado até ao Covão Boleiro e o desvio até a torre é por mariolas ou GPS.
Para o percurso ser mais desafiante faz-se a subir e foi o que fiz. Começamos em Loriga percorrendo algumas ruas até chegar à estrada onde se encontra a Residencial e o restaurante "O vicente", a partir dai vamos entrar num estradão onde vamos começar a ter uma paisagem sobre Loriga que começa a ficar para trás e à nossa frente a Garganta de Loriga.
Após o estradão vamos seguir um trilho de pastores que é onde se torna mais interessante. Ao longo deste caminho vamos passando por linhas de água algumas delas com pequenas quedas de água. Mais a frente vamos entrar numa zona mais rochosa e com o vale mais encaixado e a vista continua fascinante.
Vamos entrar na primeira depressão, o Covão da Areia, ficamos deslumbrados com as enormes paredes á volta e no meio tem uma lagoa pequena com águas cristalinas e num canto uma cascata. Continuando o percurso e a subir vamos saltar para a segunda depressão, o Covão da Nave, não é como a primeira depressão mas tem a sua beleza, nesta zona o caminho é um pouco mais "plano" e não custa tanto e no horizonte começamos a ver a barragem do Covão do Meio.
Antes de chegarmos à barragem temos um pequeno desafio, vamos subir uma pedra que quase parece que estamos a fazer "escalada" mas faz-se bem... depois deste passo estamos ao pé da barragem e subimos pelas escadas para chegar até a base da barragem. Eis a terceira depressão, o Covão do Meio, linda paisagem e ao fundo começamos a perceber que há neve nos montes... E as paredes à volta refletem-se na água como espelho e temos mais uma linda cascata no canto.
Aqui fizemos uma paragem para petiscar alguma coisa e recuperar algumas energias enquanto se apreciava a paisagem.
Depois de recuperar algumas energias continuamos o nosso caminho.
Antes de chegar á ultima depressão do percurso ainda tínhamos que subir mais umas escadas, atravessar o Covão do Meio, passar pelas ruínas antigas da EDP a subir e ai sim.. estamos na ultima depressão, o Covão Boleiro. Aqui começamos a ver imensa neve.. uau vou caminhar pela primeira vez na neveeee.
Falta 4 kms para chegar à Torre e vão ser os últimos kms mais difíceis pois a caminhar na neve e apanhar algum gelo pelo caminho não é fácil. Fazemos então o desvio para a Torre seguindo as mariolas, a paisagem é espetacular tudo coberto por um manto branco. Entretanto chegamos á lagoa do Covão das Quelhas, mais um sitio lindo com as paredes a refletirem na lagoa.
Mais um pequeno esforço a caminhar na neve...falta pouco para chegar à Torre pensava eu e ao longe começamos a ver a Torre! Posso dizer que parecia uma criança a receber uma prenda... trilho espetacular, céu limpo, paisagens fantásticas e neveeeee. Mais um que ficou no meu top.
Link do percurso no Wikiloc
Fotografias do percurso