PR 2 Rota da Ribeira de Loriga
Rapariga Caminhante, 06.05.20
(Fotografias do percurso no final do texto)
Local: Loriga ou Vide
Nível de dificuldade: Moderado
Extensão: 16,8 km
Tipo de percurso: Linear e sinalizado
Inicio/Fim do percurso: Na Av. Augusto Luis Mendes junto ao Multibanco Crédito Agricola em Loriga ou Largo da Igreja de Vide
Melhor altura para ir: Qualquer altura do ano
O que levar para o caminho (Normalmente o que levo comigo):
- Mochila confortável
- Calçado e roupa adequada para as caminhadas
- Casaco impermeável em épocas de chuvas (Verificar sempre a meteorologia)
- Bastões de caminhada
- Comida e água
- Protetor solar, chapéu e óculos de sol
- Um saquinho para colocarem o vosso lixo
- Telemóvel para terem ajuda do GPS (não esquecer de ter mapa offline, muito importante para estes sitios com muita pouca rede ou nenhuma)
- Powerbank
- Kit de primeiros socorros
Este percurso percorre um vale extenso onde os socalcos e os bosques dominam e sempre acompanhado pela ribeira de Loriga e faz ligação entre Loriga e Vide. Comecei em Loriga para ser a descer pois no dia anterior fiz a Garganta de Loriga a subir até a Torre, também mereço descer ehehe.
Após afastarmos de Loriga começamos a ver os socalcos agrícolas á nossa volta que é certamente uma paisagem maravilhosa. Para chegar ao primeiro ponto de interesse temos que nos desviar um bocadinho do trilho para ver as marmitas de gigante (depressões na pedra escavas pela própria água com o passar dos anos), mas cuidado, para se observar a marmita temos que estar numa encosta muita alta e pode ser perigoso.
Depois de vermos as marmitas voltamos para trás para apanhar de novo o trilho seguindo entre bosques e matos até chegar ao próximo ponto de interesse do qual mais uma vez temos que fazer um desvio para lá chegar, o Poço da Broca do Serapitel, uma linda queda de água.
Voltando de novo ao trilho vamos então apanhar a primeira levada cheia de água (construção das pessoas serranas para aproveitamento da água para os campos agrícolas) que nos leva até à aldeia Cabeça. Nestes canais devemos ter cuidado pois os trilhos ao lado são estreitos com pedras que muitas estão soltas e mais ao lado uma bela queda de alguns metros, portanto sempre atentos onde colocam os pés. Mas é muito giro andar neste tipo de trilhos e se estiver calor dá para refrescar!
Após uns kms neste trilho magnifico sempre junto à levada e com paisagem serrana começamos a ver a aldeia Cabeça, o trilho não nos leva até lá mas conseguimos observá-la. Seguindo o percurso vamos descer um bocado para chegar a uma ponte onde nos leva até ao outro lado da margem do rio. Nesse lado seguimos de novo por bosques e matos até chegar a umas casas abandonadas...descemos mais um bocado para atravessar de novo a ribeira para o lado oposto por outra ponte e vemos mais casas abandonadas no meio dos socalcos, é o lugar Várzea.
Quando vemos estas casas abandonadas ali no meio do nada, começamos a perceber o quanto a vida era difícil naquela altura quando vivia ali pessoas.
Mais uma levada nesta zona e esta vai levar-nos até à aldeia Casal do Rei, uma aldeia de xisto e extremamente bonita com uma reserva botânica. Depois desta aldeia o percurso segue por uma estrada, percorremos uns 2... 2.5 km até chegar à aldeia Muro.
A partir daqui vamos apanhar a ultima levada que nos vai levar até Vide, mas sem água... também compreendo pois o trilho ao lado da levada é tão estreitinho que quase não dá para andar, como alternativa podemos andar dentro da levada. Nesta zona a paisagem está mais despida pois houve aquele grande incêndio que lavrou muito a zona do centro de Portugal e chegou até ali.
Chegamos então ao fim do percurso, Vide, mais uma aldeia de Xisto e de Ardósia para conhecer nas margens da ribeira do Alvoco com a sua ponte de arco único em granito.
Link do percurso no Wikiloc
Algumas fotografias do percurso